terça-feira, 2 de março de 2010

Em meio a dor do outro...



Não gosto de sentir a dor do outro em mim. Me faz sentir fraca, como eu sei que só. Mais é apenas uma dor que lateja lentamente e por horas se estende, dentro de mim, como se nao quissese parar. Ela as vezes fala, pede para eu carregar a sua cruz, eu carrego sem saber o porque mais carrego. Eu tenho chama para pessoas complicadas e com dores na alma.


E esse rasgo na alma, esse calor intenso que me incendeia queimando dentro de mim como uma brasa que incendeia o meu sofrer, que na realidade não é meu. As vezes ter a alma pura, causa isso, de absorver a dor do outro como a sua, entre as estascas enfiadas nas mãos e nos pés, eu me encontro agora, mediante a cruz que eu tenho que carregar. Uma dor que não sei de quem é, mais eu carrego, como missão de conseguir deixar leve aquilo que é tão arredio a mim.


Com esse aperto no meu, minha voz que embarga, tento eu me fazer forte envolto a lama e sangue que me consome, que me invade e me faz sentir medo. Não de mim, mais do que eu não sei. É como faca afiada que me corta levemente, a cada som que se faz presente dentro de mim.


É nessas horas que vejo a fragilidade da minha alma, de não saber o que fazer mediante aquele se prostra aos meus pés e chora uma dor que eu não sei o que fazer, se nao apenas chorar junto. E ainda é envolto a necessidade de me libertar, que continuo a carregar a incidente sabedoria de persistir na dor que me acalenta e liberta a alma.
Eu só queria poder continuar... mais nao sei se posso. A dor ainda continua dentro de mim e eu prefiro não continuar sofrendo mais.

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