segunda-feira, 29 de junho de 2009

Eu, Cresci


Há quem diga que a vida seja feita apenas de momentos bons. Um deles seria dizer que os mal bocados nos fazem realmente crer, que a vida é feita apenas de momentos marcantes. Eu sou assim, uma criança em forma de quase mulher. Posso não ter curvas sultuosas, cabelos lisos e esvoassantes ou a sedução no olhar.


Há quem diga que eu não cresci. Que vivo eternamente uma sidrome de Peter Pan. Mais ainda é duro tomar as redeas da situação quando se trata da minha vida. Onde minha chegada à terra foi feita pelos laços puros da esperanças, sabendo assim que o sistema em que a minha vida poderia seguir, não seria facil.


Sou o complexo. Filha da estrela e afilhada de Iemanjá. De espiritualidade forte e fragilizada por ser humana. Tenho o langor nos olhos e a intensidade nas palavras. O frescor do sorriso juvenil, com um jeito espalhafatoso de criança desastrada. Na sutileza, meu saber. Na alegria, meu pensar. No sofrer, minha sina.


Ao batuque da vida no pulsar do coração, destruo o que por mim é posto a frente do meu saber. Costuro laços fortes com as linhas de vento pelo acaso, refruto minha sabedoria ao achar que sou melhor que todos. E tenho um bom coração, tão bom que poucos sabem tratar dele, tanto que o magoam.


Nascida e regida por Vênus, possuo a sina desde do existir, de fazer pedaços os corações, mais cuidar intensamente e fielmente do que eu julgo ser para o meu bem. Tenho uma ligação forte com os que amo, que quando acaba, provoca lamento eterno.
Sou paisagem. Sou continuação. Sou uma menina, que o teu insistiu e consegui, fazer crescer.
Eu sou o acaso no sentido do existir.

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